Em nosso último artigo, “Vale a pena ser corretor de imóveis?”, havíamos abordado as dúvidas mais frequentes por quem está pensando em trabalhar no ramo imobiliário. Hoje nossa intenção é esclarecer quais são os passos necessários para entrar na profissão de corretor de imóveis com tudo! Confira quais são eles a seguir:
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Competências pessoais
Assim como em qualquer carreira profissional, as pessoas costumam buscar por profissões em que possuam aptidões, ou como é comumente chamada, a vocação. Apesar de existirem competências muito características de quem trabalha na área de vendas, isso não deve representar um caráter eliminatório.
Isto é, não é porque você ainda não desenvolveu alguma das habilidades necessárias que você não possa se tornar um corretor de imóveis. Afinal, todos nós temos a mesma capacidade, o que nos difere é a intensidade da busca pelo aprendizado e a força de vontade para o desenvolvimento próprio na área profissional.
Obviamente, se você já possuir algumas das competências há chances de se desenvolver na profissão ainda mais rapidamente. Fique atento às habilidades em negociação e comunicação, identificação de necessidades, paciência e argumentação, facilidade na criação da rede de contatos e disposição para estudar sempre.
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Curso TTI
A formação na área imobiliária é necessária para o registro no Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI), seja técnico, tecnológico ou bacharelado. Mesmo que você já possua diploma em outra área, é necessário fazer um curso específico para requerer o registro. O tipo de formação mais conhecida e comum é o curso Técnico de Transações Imobiliárias (TTI), que é reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC).
O curso tem duração média de 1 ano e capacita o profissional para atuar tanto na compra e venda quanto na locação de imóveis. Além disso, os estudantes aprendem sobre as documentações de cada operação, legislação e uso e ocupação de imóveis. Importante salientarmos que o estágio é destinado apenas aos alunos que estão com o curso de capacitação em andamento.
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Graduação
Os cursos tecnológicos da área imobiliária também formam corretores de imóveis e garantem o diploma de nível superior. Além disso, possuem uma duração um pouco mais curta que é cerca de 2 a 3 anos. Os estudantes aprendem a parte prática e legal da profissão e têm o contato com disciplinas que permitem avaliar o mercado com mais profundidade.
Também existe o curso de bacharelado para se tornar corretor de imóveis. Trata-se de um curso presencial que dura 4 anos e meio. A grade curricular do curso é completa e bastante multidisciplinar, ou seja, a Gestão é estudada, mas também há o contato com outras disciplinas como Psicologia e Sociologia, por exemplo.
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Registro no CRECI
O CRECI é um órgão público federal que possui a finalidade fiscalizar e disciplinar o exercício da profissão de corretor de imóveis e está presente em todos os estados do Brasil. Após concluir a formação, você deverá se dirigir ao CRECI da sua região para iniciar o processo de emissão do registro profissional. A documentação pode variar entre cada estado, mas em geral são exigidos:
- RG e CPF;
- Título de eleitor com o comprovante de votação da última eleição;
- Certificado de reservista, para homens de até 45 anos;
- Comprovante de residência;
- Diploma do curso técnico ou de nível superior;
- Comprovante de conclusão do ensino médio;
- Foto 3×4;
- Comprovante de pagamento da anuidade, emolumentos e taxa expedida pelo CRECI.
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Sou formado e registrado, e agora?
Após a formação e registro é chegada a hora de tomar uma importante decisão: ser corretor autônomo ou funcionário de imobiliária? A resposta para essa pergunta depende de vários fatores que precisam ser levados em conta.
Em um primeiro momento, fica fácil pensarmos que para grande parte da população, fazer seu próprio negócio é sinônimo de autonomia. Por outro lado, ser autônomo também é abrir mão da estrutura e o auxilio de uma marca imobiliária para fortalecer sua credibilidade no mercado inicialmente.
No entanto, o fator que mais move as pessoas a tomarem uma decisão é relacionado aos ganhos. É preciso deixar claro que o salário é medido por comissões, ou seja, quem trabalha em imobiliária ganha uma comissão específica e quem é corretor autônomo ganha comissão total.
Na recente entrevista publicada em nosso blog, pudemos observar que atualmente os ganhos dos corretores de imóveis estavam entre 3 a 5 mil. Porém, você precisa avaliar algumas variáveis que influenciam e muito os seus rendimentos, como a região em que se atua, o volume de imóveis que você irá angariar e ainda, o potencial destes imóveis (de luxo, por exemplo).
Caso tenha dúvidas sobre alguns destes passos ou quer mais detalhes a respeito da regulamentação da profissão, basta acessar a página oficial do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (COFECI).